12 fev 2019

(R)Evolução do setor da construção

Categoria Notícias
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Recentemente, um pouco como balanço das declarações ao Jornal de Negócios do Presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), Eng.º Manuel Reis Campos, têm sido analisados e comentados os números mais recentes da evolução da construção nos últimos anos, os quais podem ter várias interpretações.

Manuel Reis Campos admitia na entrevista, que o principal problema do setor da construção reside no investimento público, visto que os investimentos "nas outras áreas estão mais assegurados". O Presidente da CPCI assinala que, em Portugal, se registou um "crescimento da produção da construção da ordem dos 3,5% em 2018". Acrescentou ainda que "em termos de variação real de investimento, de 2010 a 2018, a Europa regista sempre crescimento e em Portugal é negativo". E esta é uma tendência que nos últimos anos se tem consolidado, basta se ter como base o investimento público anual em Empreitadas de Obras Públicas:

             - Em 2010 era de 9614 milhões de euros

             - Desde 2011 que nunca mais ultrapassou os 5000 milhões de euros;

             - Em 2016 atingiu o mínimo de 2887 milhões de euros;

             - Em 2018 registou o valor de 4144 milhões de euros;

             - Em 2019, com base no Orçamento de Estado, será de 4853 milhões de euros;

             - O peso do investimento público no PIB é menos de metade que no início da década: em 2010 representava 5,3% e agora 2,1%.

O responsável relembrou que "nas obras públicas tinha sido previsto que 2018 seria um ano de relançamento, mas o que se verifica é que decresceu 11% em termos de concursos promovidos".

Também para fazer face a estes números, o Governo veio anunciar o novo Plano Nacional de Investimentos (PNI) 2030, que prevê o financiamento de 65 projetos, num total de 20 400 milhões de euros. Muitos destes projetos têm uma importância fulcral para o desenvolvimento e sustentabilidade do país, tendo muitos deles sido adiados durante muitos anos, e que serão alvo da comparticipação de fundos europeus. Além desses 65 projetos, muitos outros serão abrangidos pelo investimento público e por financiamento europeu, prevendo-se um crescimento no mercado da construção que não se vislumbrava possível e que ainda suscita algum ceticismo.

Uma questão se coloca: estarão todos os intervenientes no sector da construção preparados para esta "revolução" que irá projetar o investimento para números que não se viam há mais de uma década?

A Central Projectos está consciente deste desafio e estará disponível e preparada para abraçar esta nova fase com que se depara o país, planeando conceber mais e melhor.

 

P.Palhinha

 

 

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