08 mar 2019

Eficiência Hídrica em Edifícios

Categoria Redes
  • Eficiência Hídrica em Edifícios

O uso controlado do recurso da água é cada vez mais uma necessidade face às evidentes alterações climáticas, contribuindo este para a sustentabilidade tanto ambiental como económica. Para sensibilização dos portugueses quanto a esta temática, destacam-se os seguintes programas já implementados no nosso país:

  - Programa Nacional para o Uso Eficiente de Água (PNUEA);

  - Plano Estratégico de Abastecimento de Água e de Saneamento de Águas Residuais (PENSAAR);

É também referência o projeto de educação e sensibilização - "Aqua eXperience", promovido após a seca vivida no país em 2017, por duas importantes entidades do setor: EPAL e ADENE.

Um estudo desenvolvido pela ANQUIP mostra que a tomada de medidas de eficiência hídrica em edifícios podem potenciar poupanças de água até 30%, pelo que para além da sensibilização da sociedade para o impacto económico e ambiental que esta poupança pode gerar, se torna urgente desenvolver e implementar medidas práticas neste âmbito. Para tal, e de acordo com esta entidade, é essencial a adoção do princípio dos 5R's, composto por cinco vertentes distintas de medidas a implementar: medidas de redução de consumos, medidas de redução de desperdício e de perda de água, medidas de reutilização de água, medidas de reciclagem de águas e medidas para recorrer a fontes alternativas para a obtenção do recurso da água. Estas podem passar tanto por soluções já recorrentes, como por outras que representem inovação, destacando-se abaixo algumas delas que podem ser alvo de consideração já em fase de projeto:

    - Produtos e serviços com base no seu desempenho ambiental, de acordo com a norma ISO 14020;

    - Produtos e dispositivos de acordo com a certificação da eficiência hídrica:

    - Classificação "Water label", generalizada na europa;

    - Classificação desenvolvida ao nível nacional pela ANQUIP;

    - Circuitos de retornos das águas quentes sanitárias;

    - Torneiras termostáticas ou temporizadas;

    - Torneiras com obrigatoriedade de abertura em água fria;

    - Redutores em torneiras com a introdução de ar no fluxo de água;

    - Sistemas compactos de sanita/lavatório ou mictório/lavatório;

    - Mictórios sem uso de água;

    - Sistemas de reutilização de águas cinzentas ou pluviais;

    - Reabilitação das redes prediais existentes;

    - Tecnologias de medição inteligente dos consumos de água;

    - Origem das águas através dos níveis freáticos ou tratamento de águas salgadas;

Importa salientar que a maioria das medidas são ainda de caracter voluntário, pelo que uma outra medida promotora da eficiência hídrica em edifícios poderá passar pelo estabelecimento de regulamentação associada a esta temática, acompanhando e contribuindo eficazmente para já consolidada eficiência energética, tomada em prática nos edifícios.

Como entidade projetista, a Central Projectos implementa nos seus projetos medidas de eficiência hídrica, não só porque promove o contributo dos seus clientes para o uso eficiente da água, cooperando mesmo que numa menor fatia, para a minimização do risco de stress hídrico, mas também porque geralmente estas medidas se traduzem em ganhos económicos a médio e longo prazo.

Muitas vezes a melhor forma de consciencializar, passa por um simples conceito ou imagem e poucos serão mais adequados do que o criado por Yan Lu, em Poor Little Fish Sink, em que as consequências do uso abusivo de água são expostas de forma pungente e crua, conforme imagem em http://www.tuvie.com/poor-little-fish-basin-your-fish-will-die-if-you-waste-water/

 

C. Carvalho

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