Na passada terça-feira (14-01-2020), ocorreu uma violenta explosão no complexo petroquímico de Tarragona, na IQOXE (Indústrias Químicas de Óxido de Etileno), que se dedica à produção de derivados de petróleo para a produção de materiais como plástico, silicone e borracha sintética.
Face à violência das imagens difundidas nas redes sociais e ao balanço de "apenas" 3 mortos, sendo um deles em resultado da entrada de uma placa de metal, com mais de 1 metro e com cerca de uma tonelada, pela janela da sua habitação que estava localizada a cerca de 3km do local, questiona-se:
1. Não estavam previstas medidas nesta instalação petroquímica para impedir que um acidente desta magnitude acontecesse?
2. De maneira que foi possível que, perante um incêndio e explosões desta grandeza, o número de mortos fosse inferior ao expectável, principalmente no interior das instalações da fábrica?
3. Como é possível que um complexo industrial esteja localizado nas proximidades de zonas habitacionais e haja o risco de ocorrer uma explosão que podem dizimar um número incalculável de vítimas?
4. Após a ocorrência das explosões, como foi possível controlar relativamente rápido a propagação do incêndio e evitar a formação de uma nuvem tóxica?
A ocorrência deste tipo de acidentes resulta não de algo furtuito mas de um conjunto de causas e de um conjunto de medidas que poderiam prevenir o seu desencadear e que não foram implementadas.
Por outro lado existe de um número significativo de medidas de autoproteção que podem ser concebidas e aplicadas por forma a impedir a propagação e a contenção dos danos e perdas.
A Central Projectos tem partilhado a sua experiência em instalações industriais, conhecendo a complexidade dos cenários e a importância da conceção e implementação de medidas preventivas adequadas.
Fontes: Agência Lusa e JN.pt
Imagens: Twitter
P. Palhinha